O amor mudou, não acabou e foi eterno enquanto durou. Entendo que certas coisas passam, mudam têm prazo de validade, ganham novos contextos. São ciclos que se renovam em um espaço de tempo indefinido e inusitado. Entendo também que, às vezes, a gente vai se pegar questionando o porquê das coisas ao lembrar, por algum motivo, dos bons momentos que nos fizeram ser muito do que somos hoje... e, ainda assim, continuar a sentir como certo que tudo aconteceu como deveria. Um paradoxo que se estende à sensação de toda aquela intimidade extrema ter saído de um livro, de um filme, e a distância de tudo o que se passou confundir o coração ao se ver no lugar de protagonista de um grande amor vivido por alguém que já não se identifica mais. Tem gente que vem pra ficar no nosso "pra sempre", ainda que esse "pra sempre" seja apenas em nossos corações, mas não dividindo mais emoções. Ainda que "pra sempre" seja em nossos pensamentos mesmo que cada vez menos frequentes. Pra sempre parte de nossa história, de nossas lembranças. Um "pra sempre" obrigado por todo infinitode razões e motivos nas entrelinhas dos anos compartilhando.
Quando o assunto é esse, não existe regra. Se acabou, não quer dizer que não houve amor. Há pessoas que viveram um amor pra vida toda, mas também há aquelas que viveram vários e diferentes amores. Outras que jamais se permitiram amar.
Eu me apaixonei inúmeras vezes pra saber que era amor quando amei de verdade. Esse amor se transformou em vários outros sentimentos que vão de gratidão a um respeito eterno por tudo o que passou. Percebi ele mudar sutilmente e naturalmente sem que eu pudesse, de fato, evitar. Será? O namoro acabou. O romance acabou. Mas o amor? Apenas mudou; e foi eterno enquanto durou.
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